Lançado em 2009 pelo Governo Federal, o Minha Casa Minha Vida foi uma iniciativa que visava a realização da sonhada casa própria por milhões de brasileiros de baixa renda. Na prática, o programa consiste no subsídio federal para a compra de imóveis num valor abaixo do mercado.
Até 2019, o programa já havia beneficiado a construção e venda de mais de 5 milhões de imóveis por todo o país. Contudo, problemas financeiros e governamentais afetaram o desenvolvimento do benefício que, posteriormente, quase foi extinto pelo Governo Federal.
Por outro lado, com a posse do novo governo, é esperado o relançamento do projeto esse ano. Sendo assim, vamos te mostrar quais são as informações divulgadas sobre o Minha Casa Minha Vida e quais são os critérios para participar do programa.
O que é o Minha Casa Minha Vida?
Basicamente, o Minha Casa Minha Vida é um subsídio habitacional que o Governo Federal disponibiliza para famílias de baixa renda. Sendo assim, o valor é usado para diminuir o valor das parcelas do financiamento de um imóvel, permitindo a compra da casa própria de maneira mais simples e facilitada.
Na prática, o valor liberado pelo Minha Casa Minha Vida oferece um desconto nas parcelas do imóvel e, consequentemente, o comprador pagará menos pelo financiamento. Além disso, em algumas regiões do Brasil, o programa também conta com parcerias com empreiteiras, fornecendo moradias conjuntas para os beneficiários do programa.
Por outro lado, mesmo pessoas acima da baixa renda, também podem receber o benefício. Neste caso, o Minha Casa Minha Vida disponibiliza taxas de juros facilitadas e eventuais descontos para a compra da casa própria. Sendo assim, pode-se dizer que o MCMV é uma maneira do cidadão comum comprar uma casa sem grandes burocracias para pagamento.
Como ficará o Minha Casa Minha Vida esse ano?
Conforme informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, mesmo que o Minha Casa Minha Vida ainda não esteja previsto para esse ano, mais de 80 mil unidades habitacionais estão enquadradas na primeira categoria do benefício. Além disso, mais de 140 mil unidades foram recuperadas desde a última gestão do Governo Federal.
Atualmente, existe uma incerteza sobre o Minha Casa Minha Vida, uma vez que a equipe de transição do governo afirmou que o programa dependerá dos recursos orçamentários disponíveis para o ano. Neste sentido, através da PEC da Transição – que garantiu o mantimento do Auxílio Gás, por exemplo – é possível que o Minha Casa Minha Vida consiga recursos para se manter.
Conforme o planejamento do novo governo, mesmo com as incertezas, o Minha Casa Minha Vida deve ser uma prioridade. Assim, o projeto ficará na reforma habitacional, facilitação do acesso para financiamentos, além da urbanização de favelas e outros espaços urbanos.
Outro ideal do programa é criar um benefício de habitação social. Dessa forma, será possível garantir um subsídio de habitação social para reduzir o pagamento das parcelas por famílias de baixa renda. No entanto, novas informações sobre o programa ainda não foram divulgadas pelo Governo Federal, portanto, é necessário aguardar para ver como será o programa.
Como se inscrever no Minha Casa Minha Vida?
Como o Minha Casa Minha Vida ainda não foi relançado pelo Governo Federal, as habituais inscrições encontram-se congeladas. Sendo assim, é necessário aguardar para abertura de inscrição e, principalmente, para as novas regras do programa, que devem focar em um novo limite de rendimento para ter acesso ao benefício.
Como funciona a inscrição do Minha Casa Minha Vida?
Embora seja esperado que haja novas regras no Minha Casa Minha Vida, a inscrição no programa consta com dois passos simples. Assim, é necessário verificar se você se enquadra nos requisitos iniciais para dar continuidade a sua inscrição. Confira:
Confira sua renda
Sendo o primeiro passo para participar do Minha Casa Minha Vida, a análise de renda sofreu diversas alterações ao longo dos anos. Embora seja esperado que esse fator será o mais alterado no relançamento do programa, as faixas de renda até o momento são:
- Faixa 1: destinada às famílias com renda de até R$1.800,00;
- Faixa 1,5: para famílias com renda de até R$2.600,00;
- Faixa 2: para famílias com renda de até R$4.000,00;
- Faixa 3: destinada aos que possuem renda de até R$7.000,00.
Neste sentido, é necessário conferir em qual das faixas você está inserido para se inscrever no programa. Na prática, essas faixas servem para determinar o valor do subsídio, além das taxas de juros do financiamento para cada beneficiário.
Para facilitar o processo, você pode consultar um corretor da sua região, para realizar uma simulação completa do benefício.
Por fim, é primordial mencionar que os beneficiários enquadrados na Faixa 1 devem possuir um cadastro na prefeitura de sua cidade para participar do Minha Casa Minha Vida. Aos benefícios das demais faixas, esse processo não é obrigatório, podendo o financiamento ser realizado diretamente com as corretoras municipais.
Conheça os requisitos para participar do programa
Apesar de a renda ser primordial para a aprovação no programa, ela não é o único requisito para ser beneficiária do Minha Casa Minha Vida. Na última atualização, o programa também exigia dos benefícios que:
- Não possuíssem casa ou financiamento no próprio nome;
- Não participar de outros programas de habitação social oferecidos pelo Governo, seja ele Federal, Estadual ou Municipal;
- Ter comprovantes de renda atualizados.
Em relação aos imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida, vale destacar que eles são destinados à moradia, e devem estar situados na mesma região onde o beneficiário reside.
Além disso, existe a dúvida sobre a venda do imóvel após o financiamento. Sendo assim, conforme as regras atuais, somente os imóveis adquiridos pelas Faixas 2 e 3 podem ser vendidos após a quitação. Contudo, este não é o ideal do programa, que destina seus recursos para a moradia.
Por fim, é esperado um novo edital para o Minha Casa Minha Vida ainda no primeiro semestre do ano e, dessa forma, é possível que novas regras sejam anunciadas para quem deseja se inscrever no programa.